Prazer em conhecer e trabalhar com Ian Cooper!Foi incrível, emocionante, renovador, um grande sonho realizado e a sensação de missão cumprida! Ter ido a Londres para masterizar o disco com o grande Ian Cooper foi a última etapa para finalizar as músicas e o som de todo o álbum. Está tudo soando muito bem, pulsante, claro e limpo. O talento e alegria de Ian Cooper fechou com chave de ouro este disco!
Muita coisa aconteceu em Londres, principalmente dentro de estúdios, então contarei por partes!
At Metropolis Studio!
O início da sessão estava marcado para 10am. Ao chegar no Metropolis Studio já deu pra sentir a energia bacana do lugar. Logo de cara fui recebido por uma recepcionista com o melhor sorriso britânico e por Dan Baldwin (Thanks Dan!), agente de Ian Cooper. Todos foram muito receptivos e me deixaram muito a vontade.
No entanto, quem realmente me fez sentir "em casa" foi o próprio Mr. Ian Cooper, que me recebeu com alegria, alto astral e uma harmonia incrível. Desde o primeiro segundo que nos encontramos, as conversas foram animadas e inspiradoras. O que era pra ser uma trabalhosa sessão de masterização se transformou em diversão levada a sério, repleta de boas risadas e musicalidade de primeira qualidade.
Fiquei impressionado com todos equipamentos do estúdio. São feitos exclusivamente para a sala do Metropolis e foram escolhidos a dedo por Ian Cooper. Detalhe para os monitores PMC, feitos a mão e com um som que nunca escutei em nenhum outro lugar. Juro, é indescritivelmente apurado.
Mastering with the Master!
Cada detalhe era anotado, música por música.
Realmente Ian Cooper é um mestre na masterização. Não é à toa que Oasis, Sting, The Verve e outros artistas o escolheram para masterizar seus discos. Durante toda a sessão, ele fazia anotações e apontamentos do que faria no áudio do álbum. E com tantos botões, eu não conseguia nem imaginar o que seria. Mas mesmo assim ele me explicava e conversava a cada música que fazíamos. Buscamos uma sonoridade que mantivesse a identidade do que levei do Brasil, mas que também ganhasse ganho e força que os discos gringos possuem. Em algumas canções, Ian Cooper deu seu toque artístico e "abriu" mais o stereo de algumas faixas. Gostei bastante!
Listening!
Eu e Patrick limpando os ouvidos para escutar a master juntos.
Após um dia todo no Metropolis masterizando, aproveitei o dia seguinte para escutar as músicas com meu amigo Patrick, que além de ser engenheiro de áudio em Londres, também esteve presente na sessão e me aguentou em sua casa durante os dias na cidade (VALEU! Por tudo!). Fomos ao SAE Institute, uma faculdade de áudio com estúdios ótimos e que certamente deixaria muito produtor de boca aberta aqui no Brasil. Escutamos a master em 3 salas diferentes para anotar e sentir o som todo. Depois ainda escutei em meu ipod. Escutar em diversos lugares sempre ajuda! O resultado estava lindão e o próximo passo era dar o Ok para Ian e buscar a cópia final.
Last Day at Metropolis.
The dancing trees.
O último dia no Metropolis Studios começou de maneira saudosa. Retornar para uma segunda sessão e buscar o disco finalizado, deu a sensação de que mais uma etapa seria concluída e que muitos momentos deixariam saudades.
Ian Cooper me recebeu com a mesma alegria e hospitalidade de dias anteriores e já estava com a cópia final em mãos. Conversamos bastante e ainda trocamos algumas ideias sobre o som e as músicas do disco, o qual foi comentado por ele como "pop, fácil de escutar, com uma sonoridade que às vezes lembra bandas dos anos 60-70". Acho que isso define o trabalho todo e fico feliz. A intenção é essa: levar momentos agradáveis para quem for curtir as músicas!
O melhor ainda estava por vir: após fecharmos a cópia final da master, ainda ficamos boas horas papeando, sobre música, bandas, Brasil e Inglaterra, barcos e passeios pelo mar, comida, mulheres e mais um monte de coisas que estão guardadas aqui na minha cachola num lugar muito bacana! Acho que ter ido até Londres foi especial, ganhei mais um amigo. THANKS FOR EVERYTHING Mr. IAN COOPER!
Meu manifesto é pra acabar com os ratos políticos. Será possível? 
